Muitas pessoas acreditam que as redes sociais substituíram os blogs de informações, mas esse pensamento é no mínimo equivocado, e vou justificar para vocês nesse artigo.
O blog é um site pessoal ou profissional, atualizado frequentemente e que pode ser usado tanto por empresas, quanto por usuários comuns que desejam ter um diário na internet. A ferramenta, que popularizou a produção de conteúdo, é o principal meio de comunicação de diversos portais, e são as plataformas mais utilizadas como fonte de pesquisa do Google. O mais importante do blog é a sua atualização, ou seja, ele é um ambiente digital com conteúdos e atualização frequentes, e pode estar dentro de um site, ou ser um site separado.
As pessoas começaram a confundir as mídias sociais com os blogs, por conta da terminologia que é dada para aqueles que fazem muitos conteúdos nas redes sociais: os blogueiros. Mas existem diferenças importantes entre esses dois ambientes digitais.
Gosto sempre de conhecer a origem da palavra para entender os fundamentos da sua utilização, e de onde surgiu esse termo blog? A origem dele vem da palavra “weblog” (que pode ser traduzida como “registro na rede”) e que não tem um significado próprio por si só, foi criada em 1997 por John Barger, autor do blog Robot Wisdom, o primeiro site do tipo no mundo. Ela foi abreviada para “blog”, em 1999, pelo escritor Peter Merholz, que quebrou os dois termos para formar a frase “we blog”, ou “nós blogamos”.
Pouco tempo depois, o programador do Pyra Labs Evan Williams usou a palavra “blog” como substantivo e como verbo, criando a conjugação “blogar”. Foi Pyra Labs que desenvolveu a ferramenta Blogger, comprada posteriormente pelo Google.
Hoje, Williams é um empreendedor e fundou outra plataforma de blogs, o Medium.
Até hoje associamos blogueiros a pessoas que são referências nas mídias digitais, no entanto, essa não seria uma terminologia correta, se eles não tiverem especialmente um blog.
Através desse histórico, vemos a importância que os blogs tem para a Google (maior plataforma de busca do mundo). Como sabemos, o google para conseguir responder as dúvidas de quem acessa, precisa ter canais que respondam aqueles questionamentos, já que ela não é uma plataforma que produz conteúdo, e logicamente ela acaba fazendo o link entre a procura sobre uma informação e a resposta para aquela dúvida.
E porque os conteúdos das redes sociais não são prioridade na busca no Google?
Primeiro, porque existe uma concorrência entre a Google e as mídias sociais pela atenção das pessoas na internet, e se ela levar as pessoas para o Instagram, Facebook, LinkedIn ou qualquer outra rede, elas podem não voltar para o Google. Segundo, porque nas redes sociais os conteúdos não estão organizados de forma clara, ninguém pesquisa no Instagram por um conteúdo específico, você encontra conteúdos de forma cronológica, mas dificilmente você pergunta uma dúvida pro Instagram e consegue uma resposta.
Os pacientes nos tempos atuais passam por algumas jornadas antes de procurarem um serviço na área da saúde, e muitas vezes, antes de procurar um atendimento ele procura o que está sentindo, quais são os tratamentos, quais são os profissionais, o que as pessoas falam, se tem profissionais perto dela, o que as pessoas falam do profissional, dentre outras buscas. Normalmente ela faz essas perguntas pra o Google, e logicamente quem o Google mostrar com as respostas para esses questionamentos terá prioridade na escolha do paciente.
Muitas clínicas tem um site com informações da clínica, mas se você não alimenta conteúdos referentes aos seus serviços, acaba ficando estático e os pacientes só acessam para buscar alguma informação específica, como localização, por exemplo, e dificilmente voltam.
Além do propósito de ajudar o paciente na busca de informações, um blog pode ajudar bastante a clínica a criar a sua autoridade no mundo digital. Vamos pontuar duas razões para ter um blog:
1. Credibilidade
Apenas criar uma página em uma rede social não garante credibilidade a sua clínica.
Qualquer pessoa pode criar uma página para uma marca, serviço ou empresa, portanto, a presença na rede não garante a legitimidade da empresa. O Facebook, assim como outras redes, possuem processos de verificação de páginas, contudo, esses processos são vastos, visto que são automatizados e atendem a requisitos de países em todo o mundo, sendo pouco específicos quanto à documentação que comprova se o dono é legítimo ou não da página.
Ao contrário, um registro de domínio exige a vinculação com dados cadastrais (pessoa física ou jurídica), que podem ser consultados on-line.
As páginas em redes sociais também oferecem poucas oportunidades para pesquisarem e aprenderem mais sobre seus tratamentos, e sobre as pessoas que fazem parte dele.
As páginas são pensadas basicamente para promoção de conteúdos e ideias do momento, deixando pouco espaço para conteúdos atemporais, como as informações de sua empresa.
2.Para encontrar sua clínica nas buscas
O conteúdo de um blog tem muito mais chances de aparecer como resultado em buscas do Google e outros buscadores do que o conteúdo de uma página na rede social. O conteúdo de suas redes sociais só será indexado em buscas se for atualizado frequentemente e conter palavras-chave relevantes.
Já em blog você tem infinitas possibilidades de otimização do seu conteúdo, sendo original e relevante para seu público, adicionará credibilidade a sua clínica, mostrando que você é uma autoridade no mercado em que atua, e deixará a disposição dos visitantes mais informações que podem ser consultadas a qualquer tempo.
Portanto os pacientes e a sua clínica podem ser bastante beneficiados com um blog, além disso, a criação de conteúdos para sua clínica pode ser um momento de estudo seu para criar aquele texto, e quando entra uma rotina, você acaba evoluindo profissionalmente e pessoalmente.
Grande abraço,