O uniforme surgiu antes mesmo da moda, basta lembrarmos das armaduras usadas pelos soldados do exército nas antigas cruzadas. Eram armaduras que ajudavam a identificar os integrantes de cada exército e serviam para auxiliar na formação de um grupo. Dessa maneira, notamos que essas armaduras eram um tipo de uniforme.
Com o tempo a moda foi surgindo e principalmente a moda masculina teve muitas mudanças. O surgimento dos ternos, coletes, calças, paletós e blazers, sempre em tons escuros com as camisas claras foram as que deram o pontapé inicial para grandes descobertas no mundo da moda. Em pouco tempo os ternos passaram a ser sinônimo de elegância entre os homens.
A moda foi seguida por vários países e ao longo do tempo o terno se tornou um uniforme masculino, era considerado elegante que os homens se vestissem ‘iguais’ e seguindo um padrão. Com isso, várias adaptações foram surgindo conforme o clima, cultura, cotidiano e tecnologia de alguns países.
Na revolução industrial as empresas, buscando maior produtividade e padronização, começaram a inserir o fardamento na sua empresa. A grande maioria das pessoas entende o segundo motivo: padronização, mas porque a produtividade? Esse conceito foi percebido na execução desse processo, as empresas foram percebendo que com a utilização das fardas os funcionários se tornavam mais produtivos e durante as suas pesquisas foi observado que pelo fato de não ter que pensar na roupa a ser utilizada no dia de trabalho, as pessoas não precisavam pensar ao acordar o que iriam vestir e dessa forma não gastavam energia tomando decisões e consequentemente chegavam no trabalho com a bateria mais recarregada.
Esse conceito vem voltando à tona no mundo dos grandes empreendedores, Steve Jobs ( Fundador da Apple ) usava sua clássica camisa preta e calça jeans todos os dias para não ter que perder energia pensando na roupa a ser utilizada. Mark Zukenberg usa a mesma teoria e Barak Obama só tinha duas cores de terno para usar no período em que foi presidente dos USA.
Criado para identificar as pessoas que executam tarefas e funções, o uniforme, antigamente era visto como uma peça para trabalho. Hoje esse conceito vem sendo mudado. A entrada dos departamentos de marketing em algumas empresas, transformou o uniforme em uma forma de comunicação e até mesmo um item que compõe a marca da empresa trazendo credibilidade e confiança aos clientes.
Os uniformes deixaram de ser vistos como um simples modo de identificar pessoas e organizações para serem elementos de combinação entre a marca, o funcionário, o cliente, a moda e a qualidade de serviço. Além de todas essas qualidades, o uniforme pode ser uma garantia de que os colaboradores sempre estarão devidamente bem vestidos durante suas atividades.
Na área da saúde era comum os profissionais utilizarem as roupas brancas, por que?
A tradição começou no templo de Hipócrates, na ilha grega de Cos, onde os doentes recebiam tratamento por volta dos séculos V e VI antes de Cristo. Era hábito de médicos, auxiliares e pacientes usarem branco para que não fossem feitas distinções entre eles. Além disso, a região era muito quente, bom motivo para usar trajes brancos, bem mais confortáveis e refrescantes que roupas escuras. Além disso, há outra explicação prática. No final do século XIX, a higiene começou a ser mais valorizada. Como o branco é associado à limpeza, voltou a ser adotado. “Qualquer sinal de sujeira fica visível, forçando o médico a trocar-se rapidamente”, diz o estudioso da história da medicina Décio Altimari, da Santa Casa de São Paulo. Nem sempre, porém, usou-se branco. Em meados do século XIX, era mais comum o uniforme escuro, sinal de classe social elevada. Foi nessa época também que foram feitas as primeiras cirurgias. As manchas de sangue apareciam menos em tecidos escuros.
Hoje em dia, nos centros cirúrgicos dos hospitais, o branco também foi abandonado, substituído por roupas coloridas, com o objetivo de diminuir a depressão causada nos pacientes pelo excesso de branco dos hospitais. Como os médicos são obrigados a se trocar antes da cirurgia, vestindo roupas esterilizadas, não há mais a preocupação de usar branco para garantir a limpeza.
Hoje dentro do consultório também essa vestimenta vem sendo cada vez mais substituída e os profissionais cada vez mais buscam estar vestido o mais adequado possível com o seu público alvo. Profissionais que trabalham com crianças aproveitam para aguçar o mundo lúdico das crianças e diminuir a ansiedade e o medo delas com jalecos coloridos e fantasias de desenhos, super heróis, dentre outros.
O Hospital San Rafael na Espanha, por exemplo, especializado no atendimento à crianças, encontrou um jeito diferente de ajudar os pequenos a superar as dificuldades do tratamento. Em parceria com a revista “Panenka”, a casa de saúde de Madri transformou as batas (os “roupões” que os pacientes utilizam) em camisas de times do país.
O projeto é chamado ‘Las batas más fuertes’ (“As batas mais fortes”, em tradução literal) e tem como objetivo aliviar o clima entre os pacientes por meio do futebol. As batas são confeccionadas como reproduções quase idênticas aos uniformes de clubes como Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid.
Portanto cada vez mais se faz importante entender o seu público alvo e buscar através do seu fardamento se comunicar com ele, buscando diminuir as suas objeções em relação ao seu atendimento.
Grande Abraço,