Quem tem um pouco mais de experiência vivida irá lembrar de momentos marcantes que tivemos há pouco mais de 20 anos, onde tirávamos fotos e não tínhamos como saber como ficaram, só quando eram reveladas e avaliadas (nem sempre pelas pessoas que participaram daquele momento).
Me lembro que ao retornar de uma viagem, marcávamos com a família ou os amigos para rever aquelas fotos, era um momento único! Não tínhamos muitas chances, algumas vezes perdíamos alguns momentos porque as fotos não podiam ser avaliadas após o click, outras vezes perdíamos todo o rolo de filme quando ele “queimava”. Caras, bocas e caretas eram normais e muitas vezes tínhamos que aceitar ou perder aquele momento.
Sem dúvida, relembrar essa época causa uma nostalgia em todos que vivenciaram esses momentos que não voltam mais. Apesar de serem únicos, não dá mais pra retroceder a esse princípio, o mundo mudou, a velocidade com a qual as pessoas conseguem avaliar e melhorar as fotografias é cada vez mais rápida e efetiva. As câmeras digitais revolucionaram esse mercado e algo que parecia ser a melhor forma de ter essas lembranças, passou a ser retrógrado e obsoleto.
Você sabe quem foi o inventor da câmera digital? Pois é, foi a Kodak®, a principal empresa da época das máquinas analógicas. Ela teve a oportunidade de transformar esse seu mercado, mas acreditava que se o fizesse iria canibalizar o seu próprio produto ou a sua própria empresa. E o que aconteceu? Com o tempo, outras empresas conseguiram desenvolver essa tecnologia e lançaram essas câmeras digitais e ela acabou ficando para trás e entrando em falência.
Perceber as evoluções e canibalizar o seu próprio produto é uma estratégia que Steve Jobs levava muito a sério na Apple®. Ele ao lançar o grande salvador num momento de crise na Apple, o Ipod (pequeno dispositivo portátil de música), ele realmente se reinventou e consequentemente mudou completamente a indústria fonográfica, mudando a forma como a gente escutava e consumia a música.
Logo ele percebeu que aquela solução extraordinária tinha os tempos contados, pois um celular poderia ter aquilo tudo e ainda ser usado como telefone. A atitude de Steve Jobs foi exatamente lançar o iPhone e acabar canibalizando o seu produto salvador com uma solução mais inovadora. Esse era o pensamento de Steve Jobs: “se alguém vai inovar um produto nosso, que seja a gente”.
Portanto, essa é a principal diferença das duas empresas e essa simples atitude transformou uma na marca mais valiosa do mundo, enquanto a outra teve a sua vida útil encerrada.
A atitude de inovar e buscar a tecnologia a seu favor é o caminho para não ficar ultrapassado no mercado. Hoje temos diversas possibilidades de utilizar a tecnologia e a inovação a nosso favor, então não abra mão de utilizar essas ferramentas como diferenciais competitivos do seu mercado.