Em 2017 os Estados Unidos decretaram 17 profissões que foram extintas no país. Exatamente, extinção de trabalhos é uma realidade no mercado atual.
Trabalhos de repetições e rotinas de precisão vem se tornando caro para empresas que utilizam pessoas, quando comparado com máquinas.
Num mercado onde a produtividade pode ditar o diferencial da empresa no custo do produto, tudo o que puder ser substituído por máquinas será mais barato para as empresas.
Quando comparamos a máquina e o ser humano para trabalhos repetitivos e de precisão, não temos como competir: as máquinas conseguem ter uma produtividade escalonada muito maior e com precisão mais padronizada, além de se tornar ao logo do tempo mais barata se avaliarmos o custo/benefício da sua aquisição.
O que isso quer dizer? Isso significa que a tecnologia irá humanizar os trabalhos, ou seja, tudo o que necessitar de humanos trabalhando como máquinas será substituído por máquinas controladas por poucos humanos.
Essa é uma realidade que não podemos mudar. E onde irão trabalhar as pessoas? Cada vez mais em trabalhos onde necessitem de uma humanização no seu processo.
Das profissões que foram extintas nos Estados Unidos em 2017, uma me chama muito a atenção é a de ascensorista de elevador. Quando vamos ver o histórico dessa profissão, entendemos porque isso aconteceu.
No passado, com o crescimento populacional, as cidades começaram a não ter mais espaços para um crescimento horizontal e para se concentrarem nos grandes centros as empresas e moradias começaram a crescer verticalmente.
A partir daí começaram a surgir os grandes prédios de 2,3 ou até 10 andares. Para subir esses andares as pessoas precisavam utilizar as escadas e logicamente isso era cansativo, perdia-se tempo e limitava algumas pessoas de terem acesso.
Para resolver essa problemática, surgiu o elevador. Esse transporte prometia levar as pessoas do 1º ao 10º andar sem esforço algum e num tempo mais rápido do que o habitual. Então surgiu o ascensorista do elevador, que tinha como principal função ajudar as pessoas para utilizarem aquele transporte diminuindo o medo e a ansiedade na utilização.
Qualquer nova plataforma, gera um certo medo e ansiedade nas pessoas para sua utilização. Com isso as pessoas se sentiram mais seguras para utilizar o elevador. Durante muito anos era quase uma obrigação nos ambientes de muita circulação a presença desse profissional nos elevadores.
Com o passar do tempo, as pessoas começaram a ficar mais seguras na utilização, a tecnologia evoluiu e diminuiu problemáticas técnicas na utilização desse transporte. Assim o ascensorista começou a ser um obstáculo entre o utilizador do serviço e os botões.
A essência desse profissional era se relacionar para esclarecer dúvidas e diminuir ansiedade e medo dos clientes, o que foi se perdendo com o tempo e extinguindo consequentemente esse profissional do mercado.
A grande vantagem dos profissionais de saúde é que precisamos de personalização e humanização em nossos serviços para dar o melhor diagnóstico, tratamento e acima de tudo cuidar do nosso paciente.
A tecnologia pode auxiliar nesse processo mas jamais substituirá aqueles que cuidam, pois cuidar é humano e máquina nenhuma conseguirá fazê-lo.
Grande Abraço,
Bruno Rosa