Encantadores, sábado dia 09/01/21 eu completei 17 anos de formado em odontologia. Sou apaixonado pelo propósito da minha profissão e hoje atuo muito menos do que no passado dentro do consultório, por conta dos outros projetos, mas a satisfação de ser responsável pelo maior sinônimo de felicidade das pessoas me encanta. 

Hoje, com muito mais maturidade, consigo perceber que aqueles que buscaram outros conhecimentos além do absorvido na universidade, se diferenciaram na carreira após esses 17 anos.

Sempre me questionei: traçamos o destino da nossa profissão no momento certo? Será que temos o real conhecimento do que é ou do que será a profissão escolhida? 

 

 

Sabemos que ao terminar o segundo grau, seguindo a lei natural da expectativa da maioria, devemos fazer a escolha de uma profissão e em geral precisamos ingressar em uma universidade para ter um melhor retorno dessa profissão.

Muitas vezes as escolhas são baseadas em alguma disciplina que gostamos e nos identificamos, se gosto de biologia escolho profissões da área da saúde, se gosto de matemática escolho engenharia, se gosto de história escolho direito… Será que essas escolhas são realizadas da forma certa? No momento certo? 

 

 

Com a mudança no modelo de busca da informação através do mundo digital, e de termos cada vez mais a proximidade com pessoas que pensam diferente e saíram do modelo de escolha tradicional e deram certo, alguns jovens começam a questionar um pouco esse modelo tradicional. Eles começam a buscar entender melhor o retorno financeiro da profissão, qual o seu propósito, se precisam de uma universidade, dentre outros. E nesse ponto as profissões da área da saúde tem uma barreira de entrada mais complexa, já que a realização de uma universidade é critério básico para execução da nossa profissão.

Lógico que precisamos de equilíbrio em todas as decisões da nossa vida, e logicamente pra olhar fora da caixa  como já abordei em outro artigo, você precisa primeiro conhecer a caixa. Nesse caso de jovens recém saídos do ensino médio é muito difícil, pois conhecer a caixa demanda entender a profissão como um todo, e vivenciá-la talvez seja o caminho mais natural para que isso aconteça.

 

 

Algumas pessoas são fundamentais nesse processo, como os pais por exemplo. No modelo tradicional cobramos das crianças o boletim escolar, para ver como está o seu desempenho e lógico que além das notas, os pais acabam sendo responsáveis por ensinar outros aspectos como disciplina, responsabilidade, etc. 

O grande problema é que na vida o boletim escolar não é sinônimo de sucesso, felicidade, e muito menos a escolha certa da profissão. O que leva os profissionais a se tornarem diferenciados, relevantes, autoridades naquilo que escolheram é o boletim da vida, e a grande maioria não planeja essa execução, não acompanha, não estimula, e muitas vezes aqueles que questionam esse modelo fazem de forma radical. Aqueles que conseguem se diferenciar tornam-se cada vez mais inspiração para os jovens que não querem ser mais colocados em formas e muitas vezes não fazem uma formação profissional, e sem conhecer a caixa se torna muito difícil você olhar fora dela. 

Portanto é importante entender que o modelo de ensino tem que se renovar nesse novo modelo, as pessoas podem mudar a sua escolha ao longo da vida, lógico que com a responsabilidade de avaliar as consequências, e como diria a música da Anna Vilela: “… a vida é trem bala parceiro e a gente é só passageiro prestes a partir …” Portanto esteja feliz com a suas escolhas porque a única certeza que temos é da morte e a única incerteza é de quando.

Bruno Trevisan Rosa CEO Encantadores de Pacientes

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